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- BERNARDO MACHADO DA COSTA DÓRIA (1811 — 1878) Foi
presidente das províncias do Rio Grande do Norte, de 1 de abril de 1857 a 19 de
maio de 1858. Em 4 de setembro de 1856, sancionou a Lei provincial nº 344,
elevando à categoria de Vila a povoação de Pau dos Ferros.
Nasceu em Propriá-SE no dia 11 de março de 1811 e
faleceu em Recife-PE, em 05 de outubro de 1978, bacharel em Direito pela
Faculdade de Olinda-PE (1837). Magistrado enérgico, cônscio de suas altas
responsabilidades. Tornou-se Presidente da Província do Rio Grande do Norte
através de Carta Imperial (1857). Sua administração (1857-1858), embora durando
curto período, foi norteada pelo respeito a lei, orientada para o seu fiel
cumprimento, não permitindo a impunidade em qualquer nível ou segmento social.
Nenhum cidadão, uma vez caracterizado o crime, deveria escapar à punição. (...)
não se apagou no governo a figura do juiz. Deu caça a criminosos julgados, ou pronunciados,
e conseguiu arrastar às prisões um grande número deles, inclusive autoridades e
ricos proprietários(Antônio Soares de Araújo, Dicionário Histórico e Geográfico
do Rio Grande do Norte, p. 65). Chegou a mandar prender o ex-presidente da
Câmara Municipal de Touros e delegado de polícia (Miguel Eduardo Freire), o
vigário de Extremoz (Padre Cândido Freire), escrivães e oficiais militares,
entre outros. No curso do seu governo ocorreu o cerco à casa de André de
Albuquerque Maranhão Arcoverde (V. “MARANHÃO ARCOVERDE, André de Albuquerque”,
Século XIX), cujo atos tresloucados, dizia-se, incluíam o assassínio de um
irmão e da própria mulher. Dória não o prendeu, apesar de rico e poderoso e de
refugiar-se entre capangas em suas terras, porque optou pela morte: André de
Albuquerque Maranhão Arcoverde, o temível Brigadeiro Dendé Arcoverde, suicidou-se
a 26 de julho de 1857, em Cunhaú, para escapar à humilhação(Câmara Cascudo, História
do Rio Grande do Norte, p. 178)
FONTE –
FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO
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