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- JERÔNIMO CABRAL RAPOSO DA CÂMARA - Foi
vice-presidente da província do Rio Grande do Norte, tendo assumido a
presidência interinamente por duas vezes, de 11 de janeiro a 17 de agosto de
1871 e de 11 de junho a 15 de junho de 1872. Nasceu a 11 DE JANEIRO DE 1821, na
fazenda Arraial”, de propriedade de seu avó, coronel Jerônimo Cabral de
Oliveira, município de Assu, hoje Carnaubais. Filho do coronel Gabriel Soares
Raposo da Câmara e de dona Francisca Cabral de Oliveira. Bacharel pela
Faculdade de Direito de Olinda-PE, turma de 1847. Regressando à Provincia,
tomou parte na política, chegando a chefiar o Partido Nortista,posteriormente
chamado de “Os Conservadores”, posição conquistada graças ao seu destemor e à
sua capacidade intelectual, comprovados nas aguerridas campanhas eleitorais.
Desfrutando no meio político deinvejável popularidade, o Dr. Loló, como era por
todos tratado, elegeu-se Deputado Provincial nos biênios 9º, 10º, 11º 13º 14º,
15º 18º, 19º, 20º 24º, compreendendo nos anos de: 1853/54, 1855/56, 1856/57.
1860/61 – (2º Distrito) 1862/63, 1865/70, 1871/72, 1873/74, 1875/82 e 1882/83.
Foi Inspetor da Tesouraria de 1851 a 1856, bem como Diretor da Instrução
Pública de 1859 a 1870, governou a Província de 11 de junho a 17 de agosto de
1871 e com a mesma nomeação dirigiu o governo de 11 a 15 de junho de 1872. Seu
nome figurou em uma lista triplice para o Senador do Império. Muito embora
obtivesse 254 votos, não foi o escolhido; o agraciado foi o Visconde de
Inhamir, na escola escolha imperial que, nem sequer conhecia a nossa Província,
no dizer dos historiadores. Foi presidente da Intendência de Extremoz, no
período de 1877 a 1880. Exerceu a função de Juiz Municipal de Ceará Mirim.
Casou-se em 29 de junho de 1851, no Engenho Ferreiro Torto, com dona Maria
Angélica, filha do ex-presidente da Província do Rio Grande do Norte, Coronel
Estevão José Barbosa de Moura e de Maria Rosa do Rego Barros. Dono de uma verve
humoristica apreciável, deixou uma copiosa bagagem anedotária,hoje ainda
relembrada pelos seus admiradores. Alma generosa, espirito desinteressedo,
exercia a advocacia sem olhar proventos de esécie alguma, tornando-se um dos
advogados mais populares de sua época. Jornalista de fôlego,orador dos mais
felizes, a sua pera e a sua palavra sempre estiveram em campo na defesa dos
postulados coletivos, como também, fundou e dirigiu diversos jornais de feições
partidárias. Unido aos seus irmãos Otaviano, este também doi deputado em várias
legislaturas e presidente da Província do Riuo grande do Norte; Cabral e
Leocádio formava uma poderosa fração plítica que alcançou retumbantes vitórias
eleitorais em que esteve empenhada. Proprietário do “Engenho Jacanã”, em Ceará
Mirim, era para com os seus escravos de uma tolerância absoluta. A respeito
dessa bondade, a tradição guarda ainda episódios interessantes. Faleceu em São
Gonçalo-RN, a 24 de maio de 1900.
SECRETÁRIO –
FRANCISCO LÚCIO DE AZEVEDO
ESCRITURÁRIO –
MANOEL JOAQUIM HENRIQUE DE PAIVA
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