60 - HENRIQUE PEREIRA DE LUCENA,
primeiro e único Barão de Lucena, natural de Bom Jardim-PE, nascido a 27 de
maio de 1835 e faleceu no Rio de JANEIRO NO DIA 10 DE DEZEMBRO DE 1913.
Magistrado e nobre
Pernambucano. Nascido em terras dos engenhos
Fortaleza e Boa Esperança, na antiga comarca de Limoeiro, atual município de
Bom Jardim, era filho do coronel Henrique Pereira de Lucena, um dos heróis da
Revolução Praieira.Estudou humanidades no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro,
de 1846 a 1853, recebendo o diploma de bacharel em Letras.Formou-se em Ciências
Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito do Recife em 1858. Começou sua
carreira como delegado no Recife. Foi: presidente das províncias de Pernambuco,
Bahia, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul; ministro de Estado; desembargador;
juiz do Supremo Tribunal Federal; deputado eleito por mais de uma legislatura,
tendo a honra de ser presidente da Câmara dos Deputados que discutiu, votou e
aprovou a Lei Áurea, de 13 de maio de 1888. Durante o seu primeiro governo em
Pernambuco, no período de 5 de novembro de 1872 a 10 de maio de 1875, realizou
uma grande administração, que pode ser comparada com a do Conde da Boa Vista.
Entre as suas obras podem ser destacadas: a reforma do Farol de Olinda e do
Campo das Princesas, atual Praça da República, onde se localiza o Palácio do
Governo; a construção do Mercado de São José; a conclusão das obras do Teatro
de Santa Isabel, que havia sido destruído por um incêndio, em 1869; a
construção e conservação de estradas no interior do estado; a construção de
açudes, pontes; o calçamento e alargamento de ruas; o lançamento da pedra
fundamental do Hospício da Tamarineira, ainda hoje em funcionamento. Preocupado
com os serviços de comunicação, implantou um sistema de telégrafo submarino
entre o Recife e a Europa, o Rio de Janeiro, a Bahia e o Pará. Criou a Escola
Normal para expandir o ensino para mulheres, estabelecimento educacional que
viria a competir com o conceituado Ginásio Pernambucano. Contratou vários
engenheiros e geólogos europeus para realizar estudos detalhados de mineralogia
e geologia no interior e na área do porto do Recife, visando seu melhoramento.
Traçou uma política de incentivo e apoio para a modernização do parque
açucareiro de Pernambuco. Como juiz, criou a Comarca de Vila Bela, atual Serra
Talhada, e se preocupou com a organização judiciária de Pernambuco. Lucena
enfrentou vários problemas políticos e fez muitos inimigos. Depois que deixou a
administração de Pernambuco foi presidente das províncias da Bahia e do Rio
Grande do Sul. Convidado pelo então presidente da República, Deodoro da
Fonseca, participou do seu ministério até quando este entregou o poder ao
vice-presidente Floriano Peixoto. Em 1890 exerceu pela segunda vez o governo de
Pernambuco. Lucena pensou em ocupar um cargo no Supremo Tribunal Federal, para
o qual havia sido nomeado por Deodoro, porém Floriano Peixoto o aposentou,
acabando praticamente com sua carreira política. Recolheu-se à vida privada,
mas durante algum tempo ainda exerceu grande influência na política pernambucana
e nacional, caindo depois no ostracismo político. Em 1910 apoiou Dantas Barreto
contra Rosa e Silva, mas apesar da vitória do primeiro, Lucena já estava muito
velho e doente, não tendo mais condições de atuar politicamente. Faleceu em 10
de dezembro de 1913, na sua residência situada na rua São Clemente, nº 158, no
Rio de Janeiro.
FONTE - WIKIPÉDIA
SECRETÁRIO –
FRANCISCO LÚCIO DE AZEVEDO
ESCRITURÁRIO –
MANOEL JOAQUIM HENRIQUE DE PAIVA
ADMINISTRADOR DA
MESA DE RENDAS – JOSÉ BERNARDO DE MEDEIROS
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