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- JERÔNIMO CABRAL RAPOSO DA CÂMARA - Foi
vice-presidente da província do Rio Grande do Norte, tendo assumido a presidência
interinamente por duas vezes, de 11 de janeiro a 17 de agosto de 1871 e de 11
de junho a 15 de junho de 1872. 59 - João Gomes Freire - Foi presidente da
província do Rio Grande do Norte, de 15 de junho a 1 de julho de 1872.
Nasceu na
Fazenda Arraial, na então Vila Nova da Princesa-RN, atual Município do Açu, a
11.01.1821, filho de Gabriel Arcanjo Raposo da Câmara e d. Maria Francisca de Oliveira
Cabral. Formou-se na Faculdade de Direito do Recife, (1847). Foi Inspetor do
Tesouro Provincial (1851-1856), Diretor da Instrução Pública (1869-1870) e
político. Com os irmãos, Otaviano e Leocádio, liderou uma cisão, uma linha
divergente do Partido Conservador, cujo chefe na Província era, de fato, o
Coronel Bonifácio Francisco Pinheiro da Câmara. Comandaram a facção, realmente,
os irmãos, e o grupo tornou-se conhecido como "Os Cabrais". Jerônimo
elegeu-se Deputado Provincial nas legislaturas de 1852 a 1857, 1860 a 1865,
1870 a 1875 e, em décimo mandato, 1882-1883. Administrou a Vila de Estremoz
(1877-1880). Nomeado 4º Vice-Presidente a 22 de junho de 1870, governou esta
Província em duas oportunidades: de 11 de janeiro a 17 de agosto de 1871
(substituindo a Silvino Elvídio Carneiro da Cunha e sendo sucedido por Delfino
Augusto Cavalcanti de Albuquerque) e de 11 a 15 de junho de 1872 (sucedendo ao
mesmo Delfino Augusto e entregando o cargo a João Gomes Freire), após o que
cairia no ostracismo, sendo o fato deflagrador a morte de Otaviano Cabral
(1872), segundo registra CÂMARA CASCUDO: Depois da morte do seu irmão, Otaviano,
dominou sozinho mas sem maior repercussão; sua influência dissipou-se ante a
união dos outros conservadores chefiados pelo Coronel Bonifácio Câmara. Seu
concunhado, Vasconcelos Chaves, e o presidente Henrique Pereira de Lucena,
completaram-lhe o
ocaso(1989, p. 118). Genro do Coronel Estevam Barbosa de Moura, à época o maior
proprietário rural da Província, morreria pobre, apesar de generoso e amigo de
todos, de ordinário advogando gratuitamente. Faleceu em São Gonçalo do Amarante-RN,
a 24 de maio de 1900.
FONTE –
FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO
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