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- OTAVIANO CABRAL RAPOSO DA CÂMARA - Foi presidente da
províncias do Rio Grande do Norte, de 19 de maio a 18 de junho de 1858 e de 17
de fevereiro a 22 de março de 1870. Nasceu a 15 de janeiro de 1819, na fazenda
Arraial”, de propriedade de seu avó, coronel Jerônimo Cabral de Oliveira,
município de Assu, hoje Carnaubais. Filho do coronel Gabriel Soares Raposo da
Câmara e de dona Francisca CABRAL DE Oliveira. Bacharel pela Faculdade de
Direito de Olinda-PE, turma de 1843. Chefiou o partido Nortista, depois
“Conservador”, em cuja gremiação política teve destacada influência, chegando a
exercer o mandato de Deputado provincial em seis legislaturas, nos triênios:
9º, 13º, 14º 15º, 16º e 18º, respectivamente, 1952/53, 1860/61,1862/63,1863/64,
1864/65, 1866/67 e 1870/71. Representou também, o Rio Grande do Norte, na
Câmara temporária ou Assembléia-Geral do Império (Deputados Gerais) na 9ª w 14º
legislaturas, ou seja, 1853/67 e 1870/71., sendo que esta última, por decreto
de 18 de julho de 1852, foi dissolvida. Na qualidade de 1º Vice-presidente da
província do Rio Grande do Norte, nomeado por carta imperial de 2 de julho de
1853, assumiu o Governo de 13 de maio de a 18 de junho de 1853, e com a mesma
nomeação como 3º vice-presidente, governou de 17 de fevereiro de 1870 a 22 de
março de 1870. Fez parte de uma delgação da Câmara Municipal de Natal, em 1869,
para cumprimentar S. M., o Imperador à sua chegada em Recife. Advogado e
tribuno, político, a sua atuação foi notável, exercendo, também, destacado
relevo no jornalismo provinciano. Ligado aos seus irmãos – Jerônimo Cabral
Raposo da Câmara (11/1/1821 – 24/2/1900), Gabriel e Leocádio, “Os Cabrais”,
como era chamado o grupo Saquaresma, formava uma arregimentada corrente
política com acentuada prepondência mos destinos administrativos do Estado. Foi
Procurador Fiscal da Tesouraria Provincial, de 31 de agosto de 1870 a 15 de
junho de 1872 e exerceu, também, o cargo de Inspetor da Tesouraria quando, a
seu pedido, foi exonerado. Espirito culto e progressista, de parceria com
outros fundou, em 1854, em Natal, a Sociedade Teatral Apoio Rio-Grandense. Por
sugestão do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, em 1930, a
Municipalidade de Natal, em louvor aos méritos, ligou seu nome a uma rua.
Faleceu, em Bonito-PE em 1872
SECRETÁRIO – LUIZ CANUTO
EMERENCIANO
ESCRITURÁRIO –
MANOEL JOAQUIM HENRIQUE DE PAIVA
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